Encontro com a Direção completa dois anos de parceria com as famílias

by blogAdmin 21. novembro 2014 18:15

Os Encontros com a Direção do Colégio Rio Branco completaram dois anos e se estabeleceram como um importante espaço para a troca de vivências e ideias entre a família e a escola.

Nos dias 29 e 30 de outubro estivemos reunidos nas unidades Granja Vianna e Higienópolis para discutirmos, em conjunto, como podemos ampliar este projeto e estreitar, ainda mais, a relação entre os participantes.

Acreditamos que juntos podemos ter uma escola cada vez melhor. Quando pensamos em conjunto nas melhorias e em novas possibilidades, todos crescem, alunos, famílias e escola.

Para provar como o trabalho conjunto pode ser muito valioso, esse vídeo mostra um coral virtual, com pessoas das mais diversas partes do mundo, cantando juntas e a distância. Confira!

Essa ideia de união reflete as atividades do Encontro com a Direção, que têm oferecido um olhar diferenciado para a escola. Assim, no último encontro, falamos sobre muitas ações do colégio e trocamos ideias sobre elas. Confira alguns temas sobre os quais conversamos.

Canais de Atendimento: estamos trabalhando para otimizar os nossos canais de atendimento, como o “Fale Conosco”, para que possamos dar respostas rápidas e consistentes. Em agosto implantamos um novo sistema para o acompanhamento dos contatos.

Entrada e saída de alunos na Unidade Higienópolis: sabemos da necessidade da reestruturação e reorganização desse momento, e precisamos contar, também, com o bom senso dos pais na hora de deixar ou buscar os filhos. Recebemos boas sugestões, como a formação de um corredor com um profissional portando um rádio para identificar os alunos e avisar o inspetor. Estamos estudando a utilização de um aplicativo para celular chamado Filho sem Fila.

Plataforma QMágico: é capaz de oferecer dados importantes sobre a aprendizagem dos alunos, por meio desta plataforma, conseguimos acompanhar seu desempenho. Segundo o idealizador desta plataforma, Thiago Feijão, aluno do ITA e nosso parceiro, a vida virtual do Colégio Rio Branco é espetacular. Assim, cabe a nós incentivarmos essas atividades para o melhor desenvolvimento de nossas crianças e jovens. Sabemos que todo sistema pode apresentar problemas. Nesse sentido, é muito importante que sejamos informados sobre eventuais dificuldades.

Tutoria - alunos aprendendo com alunos: a aprendizagem é uma dimensão muito rica do trabalho escolar.  Alunos com bom desempenho são convidados a coordenar grupos de estudos, com o apoio da Orientação Educacional. Esse momento diferenciado de troca entre os alunos complementa as experiências conduzidas na sala de aula pelo professor. O aluno tutor estuda para poder explicar para seus amigos e esses, por sua vez, experimentam novas formas de aprender com seus colegas.

Aprofundamento: temas da atualidade já são discutidos nas atividades de Aprofundamento, a partir do 4º ano do Ensino Fundamental. Recebemos a proposta de trabalhar esses temas com alunos mais novos. Dentre as sugestões, recebemos uma indicação de um livro que trata o tema Política.

Boletim de notas: recebemos o pedido de inserção da média da sala para que os pais possam ter um parâmetro dos resultados de seus filhos.

Nova Matriz Curricular para 2015: o Colégio Rio Branco apresenta um conjunto de ações que visam à valorização do protagonismo dos alunos, o oferecimento das mais diversas e completas atividades e a obtenção de melhores resultados acadêmicos. A nova Matriz Curricular, a ser implantada em 2015, a partir do 2º ano do Ensino Fundamental, apresenta alterações significativas do 9º ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, com apoio da Assessoria de Aprendizagem, Avaliação e Resultados.

Rigor acadêmico: é uma atitude coletiva entre escola, família e aluno, sem abrir mão de nosso projeto. O Colégio Rio Branco não é uma escola orientada, exclusivamente, para resultados, pois acolhe a diversidade, entendendo que alunos vivem e viverão num mundo plural, sendo, portanto, necessário que aprendam a lidar com a diversidade.

No próximo encontro daremos continuidade ao tema “Como aprimorar nossa escola”, tratando de questões pertinentes a essa nossa ação de educar. Esses temas não se esgotam, mas evoluem com nossas reflexões. Juntos, escola e família, nos tornamos melhores pessoas e melhores educadores.

Encontro com a Direção: retrovisor e para-brisa

by blogAdmin 24. outubro 2014 14:31

Prezados pais,

É com muita alegria que retomamos nosso Encontro com a Direção. Surgido em agosto de 2012, configura-se num momento mensal em que pais e escola se reúnem para refletir, dialogar e ampliar suas experiências a respeito da desafiadora e maravilhosa ação de educar.

Alguns temas já abordados em nossos encontros:

  • Bullying
  • O impacto das Redes Sociais
  • Cultura da Vaidade e do Consumo
  • Competências não cognitivas: como valorizá-las e estimulá-las
  • Gerações Y,Z.... α
  • Construindo juntos a escola
  • Sexualidade: conceitos e reflexões
  • Drogas
  • O papel da família e da escola na formação das crianças e dos jovens

Pela complexidade dos temas e das variáveis envolvidas, não se pretende esgotá-los, muito menos obter respostas prontas. É por meio do diálogo e pela parceria que nós, adultos, em papéis diferentes, devemos nos tornar melhores educadores.

Para nosso próximo encontro, que ocorrerá conforme datas e locais abaixo, propomos avaliar esse trabalho, construído a várias mãos, a fim de aprimorá-lo seja nos temas, seja na metodologia ou nas ações do cotidiano. Vamos fazer uma síntese sobre educar nos dias de hoje.

Trataremos o tema “Encontro com a Direção: retrovisor e para-brisa”. Para enriquecer nossa conversa, compartilhe aqui em nosso blog suas sugestões e ideias sobre como podemos aprimorar nosso trabalho e ampliá-lo para outros pais.

Assim como nós, filhos e alunos são pessoas em formação, em transformação. O que nos diferencia é a maturidade, a experiência, a fase em que nos encontramos.  É nossa a responsabilidade de conduzi-los, orientá-los e apoiá-los nesse processo inicial, para que possam assumir, com plenitude, os rumos de suas próprias vidas por uma sociedade melhor.

Inscreva-se e confirme sua presença aqui.

- 29/10 - Unidade Granja Vianna (Prédio das Faculdades Integradas Rio Branco)

- 30/10 – Unidade Higienópolis (sala nº 101 – 1º andar)

Horário: das 7h30 às 9h30

Abraço e até lá,

Esther Carvalho

Área temática: Aprimoramento

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Propostas para a educação

by blogAdmin 25. setembro 2014 10:47

Recebemos de um pai a indicação de um artigo, publicado no jornal O Globo, no dia 17 de setembro de 2014, sobre o papel do professor na preparação dos jovens para um mundo de rápidas e constantes mudanças. O material é muito interessante e tem relação com muitos dos assuntos que tratamos em nossos Encontros com a Direção. Assim, compartilhamos em nosso Blog, que é um espaço para a troca de ideias sobre os desafios de educar.

Propostas para a educação

Professor deve ser aquele que ajuda a mexer no conhecimento para apoiar o aluno a romper a angústia e afrontar a incerteza de nosso tempo.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/opiniao/propostas-para-educacao-13956709#ixzz3EKpuoAUA

Bullying: O que é? Como acontece? Como atuar nessa situação?

by blogAdmin 1. julho 2014 18:19

Compreender melhor o que é e o que não é o chamado Bullying e pensar como família e escola podem atuar para desenvolver a cultura da paz. Essas foram as propostas do Encontro com a Direção do mês de junho, realizado nos dias 25 e 26.

Para apoiar as reflexões sobre o tema, foi utilizado o vídeo “Bullying e cyberbullying: conhecer para prevenir”  da Dra. Cleo Fante, autora do programa antibullying "Educar para a paz", vice-presidente do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar e pesquisadora pioneira no Brasil sobre o Bullying Escolar. Embora o vídeo tenha sido produzido para profissionais da educação, traz elementos bastante interessantes para os pais.

O que é bullying?

Segundo a pesquisadora, o bullying é uma forma de violência tão antiga como a escola, mas seu estudo é recente. Pode se manifestar de forma verbal, física, moral, psicológica, sexual, material, social ou virtual.

Cleo Fante define bullying da seguinte forma: "um estudante ou vários adotam, intencionalmente, comportamentos agressivos e repetitivos contra outro em desvantagem de força ou poder, colocando sob tensão e dominação, resultando em danos e sofrimentos sem motivos evidentes".

Identificar o bullying não é tão simples e é preciso diferenciá-lo de outros tipos de conflitos. Para que algo seja entendido como bullying, é preciso que tenha as seguintes características:

•         persistência e continuidade das agressões contra o mesmo alvo;

•         ausência de motivos que justifiquem os danos ou agressões;

•         intenção do autor em causar danos;

•         desequilíbrio de poder entre as partes; prejuízo causado às vítimas.

Refletindo sobre bullying

Juntos, pensamos, no âmbito da escola e dos lares, como trabalhar e conduzir essa discussão.

Como o bullying pressupõe uma relação de força, com alguém ou um grupo subjugando uma pessoa com intencionalidade e frequência, é preciso atuar em, pelo menos, três perspectivas: com quem pratica o bullying, que revela uma agressividade contida que pode ser gerada do sentimento de segurança ou autoafirmação; com quem o sofre, que precisa criar mecanismo para se fortalecer; e com quem assiste e, de alguma forma, incentiva ou não inibe esse tipo de ação.

Muitas vezes, as agressões são sutis e a criança ou adolescente não consegue procurar ajuda ou se defender. Além disso, cada pessoa recebe as brincadeiras, os apelidos, os olhares de uma forma muito particular.

Existe, ainda, o grupo, que, de alguma forma, é tolerante com isso. Se o grupo se manifestasse, se incomodasse ou reagisse não haveria essa situação. No ambiente virtual, essa dinâmica complexa fica ainda mais ampliada.

Família e escola contra o bullying

Para enfrentar este tema e tantos outros do dia a dia escolar, é muito importante que família e escola trabalhem juntas. Nós, adultos, temos o papel de dar limite, sempre que necessário, oferecendo orientação e apoio nas mais diversas situações.

Quando nos focamos na atuação contra a prática do bullying, precisamos ter clareza em relação a alguns aspectos:

partimos do princípio de que crianças e jovens transgridem, pois é o exercício de crescer; e na escola, as crianças e jovens aprendem a se relacionar;

educamos e transmitimos valores importantes, em casa, para nossos filhos, mas não estamos livres da chance de o nosso filho estar exercitando bullying;

quando tratamos de um acontecimento que envolve bullying, não podemos partimos do princípio de que tudo está errado e somente o nosso filho está certo;

assim, quando estamos em contato com as diversas situações de conflito, é importante refletirmos sobre a seguinte frase: “o FILHO não fez nada, mas o ALUNO fez”;

muitas vezes, enxergamos nossos filhos como cristais que podem quebrar, mas eles são diamantes, fortes, que conseguem lidar com as dificuldades. Temos que desenvolver a capacidade de resiliência desde pequenos, para que nossas crianças e jovens possam viver todos os conflitos que vão surgir ao longo de suas vidas;

quando escola e família são parceiras e estão alinhadas, conseguimos fortalecer valores para os jovens, deixando claro que bullying é intolerável, a todo e qualquer momento.

É importante, também, que todos saibam como a escola atua nas diversas situações. Trabalhamos juntamente com o grupo de alunos, com conversas e entrosamento, para todas as idades, mediando os conflitos, no dia a dia do ambiente escolar, avaliando a gravidade e aplicando as ações específicas adequadas. Caso a situação demande, a família é envolvida.

Existe, ainda, o Conselho Disciplinar para alguns alunos, com a Orientação Educacional, a advertência, a permanência condicionada e, por fim, a transferência compulsória. Estes são pontos de referência para o aluno e é como a escola trabalha, formalmente, a disciplina.

O que não é bullying

Vale destacar que é muito importante diferenciar o que é brincadeira, o que é ofensa e o que é pejorativo.

Existem conflitos que não são bullying e muitas vezes nos colocamos na frente de problemas que são próprios da idade e vão passar. Assim, acabamos por colocar uma carga despropositada nesses acontecimentos.

Nosso papel, como adultos, é ajudar para que crianças resolvam os conflitos entre si, tendo cuidado para não rotular conflitos corriqueiros e que fazem parte da dinâmica das crianças e do seu crescimento.

Mais indicações

Durante o encontro em Higienópolis, foi sugerido o livro Ponte para Terabitia, de Katherine Paterson, Editora Salamandra, que conta a história de uma grande amizade entre dois jovens e os conflitos na escola, com algumas situações de bullying. Existe, também, o filme, com o mesmo nome.

Outro portal que oferece diversas informações sobre o tema é o “Bullying não é brincadeira”.

Uma boa indicação é o Blog Educa Tube, que apresenta alguns textos sobre o tema.

Área temática: Bullying

O impacto das redes sociais

by blogAdmin 26. junho 2014 11:25

A reflexão sobre os impactos das redes sociais na vida de nossos alunos e filhos deve ser constante, por ser um assunto complexo e que surpreende em sua dinâmica. Assim, os Encontros com a Direção, realizados nos dias 28 e 29 de maio, retomaram o tema, já tratado em 2013.

Redes Sociais: aspectos desafiadores e, ao mesmo tempo, positivos

O que é rede social? Segundo o site Infopédia, rede social é: um conjunto de relações entre pessoas ou organizações que partilham interesses, conhecimentos e valores comuns, por meio da internet / site ou página da internet onde se estabelece esse tipo de relação, através da publicação de comentários, fotos, links etc.

Assim, antes considerávamos Rede Social o contato do dia a dia e, hoje, já estendemos esse aspecto via online. 

Juntos pensamos, ainda, em diversos aspectos sobre o tema:

as redes sociais são o super organismo global, funcionando como o grande cérebro do mundo, e cada pessoa é um neurônio. Dessa forma, podemos dar o caminho que quisermos para essa rede, podemos deixar um legado para nossos filhos.

a internet é um meio incrível, que une as pessoas. Quando mal usada pode acabar com uma família, com uma criança, com um jovem. Então, é preciso uma lei para poder regrar esse ambiente.

Vivendo nas redes sociais – segurança, reputação e ética

Hoje, o mundo real e o mundo virtual estão conectados. Se pensarmos nas orientações de nossos pais quando éramos crianças e jovens, elas são as mesmas que devemos dar aos nossos filhos no mundo virtual: não se exponha, não fale com estranhos, tenha uma postura cuidadosa com a sua intimidade e com a de seus familiares e amigos, saiba que suas atitudes têm consequências, entre outros tantos conselhos. É essencial que falemos de reputação no meio digital, para que nossos alunos e filhos entendam que tudo o que registramos no mundo virtual não se apaga.

Confira esse trecho do artigo da professora Esther Carvalho, publicado no site do Colégio Rio Branco: “Um dos desafios que a rede apresenta é a tomada de consciência por parte do usuário do tamanho da comunidade da qual passa a fazer parte e o poder real de disseminação de informações que esse ambiente possui: aquilo que se registra na rede, seja em imagens ou palavras, atinge pessoas conhecidas e desconhecidas, em velocidade inimaginável e incontrolável; uma vez registrado, não se apaga, por mais que se busquem mecanismos para isso. Logo, algo que se publica, comenta-se ou registra-se numa determinada fase da vida permanecerá na rede por toda nossa existência (e depois dela). A percepção de crianças, jovens e até mesmo adultos sobre esse assunto é bastante frágil. Urge, portanto, trazer à tona, cada vez mais, a discussão sobre ética no ambiente virtual”.

Para reforçar as dicas de segurança no mundo virtual, indicamos a leitura da cartilha “Ética e Segurança Digital”, do Instituto iStart, que foi criado, em 2010, pela advogada especialista em Direito Digital, Dra. Patricia Peck Pinheiro, com a missão levar mais educação em Ética e Segurança Digital para as famílias brasileiras. A cartilha oferece orientações para crianças, jovens e adultos sobre senhas, downloads, pirataria, contato com pessoas desconhecidas, cyberbullying, entre outros temas.

Como trabalhamos o tema

Na Unidade Higienópolis, os pais foram divididos em dois grupos - um com Educação Infantil e Ensino Fundamental e outro com Ensino Médio -, para a discussão das reflexões norteadoras:

Como educar esta nova geração para fazer uso ético e seguro das ferramentas tecnológicas e das informações?

Como ser um pai/mãe mais presente digitalmente na vida dos filhos?

O primeiro grupo destacou a questão da carência afetiva de algumas pessoas, que buscam preencher essas lacunas na internet. Outro aspecto foi a diferença entre as gerações dos pais e dos filhos e que, nesse contexto, os adultos devem ser parceiros dos filhos no mundo virtual, mas sem assumir uma postura fiscalizadora. Os pais dos alunos do Ensino Médio reforçaram a importância da preservação da reputação, com atenção no conteúdo do que se publica. Assim, os jovens devem ter responsabilidade sobre o que fazem, também, no mundo virtual, ou seja, existe o desafio de disseminar o conceito de responsabilidade virtual.

Na Unidade Granja Vianna, as discussões também focaram a cartilha “Ética e Segurança Digital”, do Instituto iStart e foram compartilhadas experiências vividas na escola e na família.

Em grupos, os pais discutiram as principais questões relacionadas aos impactos das redes sociais e fizeram uma reflexão sobre o papel dos adultos na vida virtual dos filhos. Os pais tiveram a oportunidade de compartilhar ideias sobre como devem enfrentar essas situações e orientar os filhos

A conversa foi baseada na lista de indicadores, disponível na cartilha, que possibilita aos pais avaliarem se conhecem seu filho no mundo digital. Confira esses indicadores clicando aqui, na página 18.

Mais indicações

Confira alguns vídeos para crianças.

Nesse site, há uma análise mais ampla sobre diferentes tipos de mídia. Está em Inglês, mas vale a pena conferir.

Cultura da Vaidade e do Consumo

by blogAdmin 26. maio 2014 18:13

De que forma o mundo do consumo entra no mundo infantil?
O que leva pessoas, no geral, e crianças, particularmente, a darem valor ao consumo?
Estamos vivendo a cultura da vaidade?
A vaidade é ou não é um problema?
Qual o limite da vaidade?

Essas perguntas, certamente, despertam em nós, adultos, pais e educadores, muitas reflexões, angústias e conflitos. Tivemos uma rica oportunidade de nos debruçar sobre elas em nosso Encontro com a Direção, nos dias 24 e 30 de abril.

Por meio do vídeo de uma palestra do especialista em psicologia e professor, Yves de La Taille, pudemos compreender alguns conceitos e reflexões sobre o tema “Cultura da Vaidade e do Consumo”, que pautaram nossa conversa.

No vídeo, o especialista oferece uma contextualização sobre as relações entre consumo, sociedade e criança. Para ele, o "ser consumidor" leva as pessoas a valorizarem o consumo, associando- o à identidade. Yves de La Taille destaca, ainda, que hoje vivemos em uma cultura que pode merecer o nome de cultura da vaidade. Superficialidade, heteronomia e aparência são aspectos que estão diretamente ligados à vaidade.

O psicólogo fala, também, sobre o perfil de pessoa que, na atualidade, tem visibilidade social, costuma ser admirado e inspira os desejos. Hoje, essa pessoa pode ser sintetizada no conceito de ‘vencedor’. O vencedor de hoje não é aquela pessoa que se deu bem na vida, é alguém que se deu melhor que os outros.

Vaidade e Consumo

Num movimento de projeção, as pessoas passam a desejar ter e ostentar o que os "vencedores" têm. Sabemos, também, que estamos numa sociedade que, desenfreadamente, incentiva o consumo.

Pensando nessas duas esferas – vaidade e consumo, refletimos sobre a diferença entre o “se dar bem” e o “se dar melhor” e sobre quem elegemos como modelos de sucesso. Falamos, então, sobre o exemplo do jogador de futebol Neymar, que muito jovem já é um herói e não um jovem com um futuro pela frente para se tornar um herói. Nesse sentido, ser um vencedor significa, também, usar as marcas de um vencedor e ter a aparência de um vencedor.

Nosso papel no dia a dia

Como pais, educadores e adultos, temos o papel de fazer o contra-discurso e perceber em qual medida, no dia a dia, incentivamos o consumo exagerado e a vaidade. Mesmo sabendo que também somos afetados por essas questões, devemos ter clareza sobre o limite da vaidade. Temos que escolher, como pais, o que queremos deixar para nossos filhos, qual é o nosso legado.

Sobre os modelos que escolhemos para admirar e para nos inspirarmos, devemos mostrar para nossas crianças e jovens as diferenças entre o que é ser uma celebridade e o que é ser uma pessoa que conquistou prestígio.

Também falamos sobre nossas atitudes diante do consumo. Avaliamos como, sem perceber, acabamos antecipando as necessidades de nossos filhos e alimentamos o impulso para o consumo. Ao darmos algum presente para nossas crianças e jovens, precisamos pensar sobre o que isso despertará, o que vem depois, como agir quando essa criança crescer e querer mais. É muito sutil e delicado, mas sem perceber, acabamos por criar uma dinâmica de troca das coisas, damos coisas e fazemos concessões para compensar nossa ausência, para não deixar nossos filhos deslocados e, assim, cedemos à pressão.

Angústias, inseguranças e medos são normais diante de questões desafiadoras como esta e o nosso grupo de pais, junto com a escola, tem um papel muito especial de contribuir para a construção de uma consciência mais elaborada sobre diferentes temas, por meio da troca de experiências.