Falando sobre Bullying

by Colégio Rio Branco 29. fevereiro 2016 09:55

O que é Bullying?

São situações em que um estudante, ou mais, intencionalmente, adota comportamentos agressivos e repetitivos contra outro, em desvantagem de força ou poder, colocando-o sobre tensão e dominação, resultando em danos e sofrimentos, sem motivos evidentes. (Fonte: Cléo Fante)

O que caracteriza o Bullying e o diferencia dos conflitos cotidianos?

Persistência e continuidade das agressões ao mesmo alvo,

Ausência de motivos,

Intenção de causar danos,

Desequilíbrio de poder,

Prejuízos às vitimas.

(Fonte: Cléo Fante)

O tema Bullying é, sem dúvida, complexo e desafiador, sendo necessária uma ampla atenção pela escola e pela família. Assim, em nosso primeiro Encontro com a Direção de 2016, realizado em 24 e 25 de fevereiro, nas unidades Granja Vianna e Higienópolis, tivemos a oportunidade de fazer uma ampla reflexão conjunta.

O assunto foi tratado sob a perspectiva do que é e do que não é Bullying, uma vez que a escola é um espaço coletivo, permeado por conflitos que precisam ser trabalhados a partir das emoções, da empatia, do respeito e da alteridade.

É importante destacar que em 9 de novembro de 2015, foi publicada a Lei nº 13.185, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying), entrando em vigor em fevereiro.

Prevenir e atuar

A escola tem atenção constante para os conflitos cotidianos, para poder identificar possíveis ações de bullying e atuar rapidamente. Quando identificado, o bullying é tratado a partir de três perspectivas: a de quem sofre, a de quem pratica e a de quem, de alguma forma, assiste ou incentiva.

No âmbito escolar, acreditamos em um trabalho constante, com foco na conscientização de crianças e jovens:

quanto às consequências do bullying e às responsabilidades de quem pratica;

no fortalecimento de quem sofre o bullying para que saiba enfrentar e lidar com a situação e com as futuras adversidades que a vida lhe apresentará;

com as pessoas que assistem e que acabam sendo coniventes com a situação e precisam saber impedir e não concordar.

Outro aspecto importante é desenvolver a empatia. Ter empatia é saber olhar para o outro, colocando-se no lugar de outra pessoa, na tentativa de entender seus sentimentos e ações, sempre com o cuidado para não fazer julgamentos. Nesse sentido, é essencial saber conviver e respeitar as diferenças. A diversidade está em nossa matriz pedagógica e nossos alunos têm a oportunidade de conviver com o diferente desde pequenos. Exemplo disso é o trabalho desenvolvido entre alunos surdos e ouvintes.

Vale destacar que temos em nossa escola conflitos, naturais das relações entre as pessoas, porém há poucos casos de bullying. Não somos tolerantes com qualquer forma de preconceito e subjugação. No Rio Branco, temos uma experiência cotidiana que não abre espaço para o bullying: na firmeza das consequências, no trabalho pedagógico, na parceria com as famílias.

A forma como as famílias lidam com a questão faz toda a diferença na prevenção de casos de bullying. É preciso que os adultos reflitam sobre suas posturas com os filhos: somos tolerantes demais? estimulamos a resiliência? temos coerência entre nosso discurso e nossas ações?

O tema Bullying é trabalhado com os alunos em todos os segmentos, por meio de livros, filmes, palestras, discussões, entre outras oportunidades no cotidiano. Como um exemplo da amplitude dessa ação, apresentamos o projeto “Stop Motion…Ops!…Stop Bullying!”, que foi destaque no jornal O Estado de São Paulo.

Saiba mais sobre sobre o projeto.

Encontro com a Direção abordará o tema Bullying

by Colégio Rio Branco 12. fevereiro 2016 11:53

Queridos Pais,

Sejam bem-vindos ao nosso já tradicional Encontro com a Direção! Esse é um momento que nasceu da necessidade de pais se reunirem e refletirem sobre educação. Juntos, escola e família se debruçam sobre temas complexos e desafiadores, sem pretensão de esgotá-los.  Dessa forma, todos crescem como pessoas e como educadores. Assim, toda última quarta-feira do mês, na Unidade Granja Vianna, e toda última quinta-feira do mês, na Unidade Higienópolis, ocorrem as reuniões, no início da manhã.

Sabendo das agendas atribuladas de todos, oferecemos o blog do Encontro com a Direção, onde registramos nossas ideias, postamos materiais sobre o assunto, enfim, continuamos nossa conversa.

Para o primeiro encontro deste ano, gostaríamos de retomar um tema já trabalhado: a questão do Bullying.

Em 9 de novembro de 2015, foi publicada a Lei nº 13.185 que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying), que entrou em vigor em fevereiro. Temos, portanto, uma ótima oportunidade para refletir sobre o assunto, aprofundar como escola e família podem prevenir e atuar nos casos de Bullying, e tratar o assunto sob a perspectiva do que é e do que não é Bullying, uma vez que a escola é um espaço coletivo, permeado por conflitos que precisam ser trabalhados sob a perspectiva das emoções, da empatia, do respeito e da alteridade.

Sugerimos, como preparo para nossa conversa, a leitura da postagem do Blog Encontro com a Direção sobre o assunto: Bullying: O que é? Como acontece? Como atuar nessa situação?. Nesse espaço, há, também, a indicação de alguns materiais.

Também os convidamos a postar no Blog suas ideias sobre o assunto, procurando trazer como, no dia-a-dia, família e escola podem ter atitudes que previnem ou que reforçam o Bullying.

Será um prazer contar com suas reflexões e com sua presença para essa e para as demais reuniões, conforme calendário anual.

Esperamos por vocês!

Clique aqui para confirmar sua presença.

24/02 – Unidade Granja Vianna (das 7h30 às 9h15) – Prédio das Faculdades Integradas Rio Branco

25/02 – Unidade Higienópolis (das 7h30 às 9h15)  – Sala 101 – 1º andar

 

Grande abraço e até lá!

 

Esther Carvalho

Diretora-Geral 

Área temática: Bullying

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Bullying: O que é? Como acontece? Como atuar nessa situação?

by blogAdmin 1. julho 2014 18:19

Compreender melhor o que é e o que não é o chamado Bullying e pensar como família e escola podem atuar para desenvolver a cultura da paz. Essas foram as propostas do Encontro com a Direção do mês de junho, realizado nos dias 25 e 26.

Para apoiar as reflexões sobre o tema, foi utilizado o vídeo “Bullying e cyberbullying: conhecer para prevenir”  da Dra. Cleo Fante, autora do programa antibullying "Educar para a paz", vice-presidente do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar e pesquisadora pioneira no Brasil sobre o Bullying Escolar. Embora o vídeo tenha sido produzido para profissionais da educação, traz elementos bastante interessantes para os pais.

O que é bullying?

Segundo a pesquisadora, o bullying é uma forma de violência tão antiga como a escola, mas seu estudo é recente. Pode se manifestar de forma verbal, física, moral, psicológica, sexual, material, social ou virtual.

Cleo Fante define bullying da seguinte forma: "um estudante ou vários adotam, intencionalmente, comportamentos agressivos e repetitivos contra outro em desvantagem de força ou poder, colocando sob tensão e dominação, resultando em danos e sofrimentos sem motivos evidentes".

Identificar o bullying não é tão simples e é preciso diferenciá-lo de outros tipos de conflitos. Para que algo seja entendido como bullying, é preciso que tenha as seguintes características:

•         persistência e continuidade das agressões contra o mesmo alvo;

•         ausência de motivos que justifiquem os danos ou agressões;

•         intenção do autor em causar danos;

•         desequilíbrio de poder entre as partes; prejuízo causado às vítimas.

Refletindo sobre bullying

Juntos, pensamos, no âmbito da escola e dos lares, como trabalhar e conduzir essa discussão.

Como o bullying pressupõe uma relação de força, com alguém ou um grupo subjugando uma pessoa com intencionalidade e frequência, é preciso atuar em, pelo menos, três perspectivas: com quem pratica o bullying, que revela uma agressividade contida que pode ser gerada do sentimento de segurança ou autoafirmação; com quem o sofre, que precisa criar mecanismo para se fortalecer; e com quem assiste e, de alguma forma, incentiva ou não inibe esse tipo de ação.

Muitas vezes, as agressões são sutis e a criança ou adolescente não consegue procurar ajuda ou se defender. Além disso, cada pessoa recebe as brincadeiras, os apelidos, os olhares de uma forma muito particular.

Existe, ainda, o grupo, que, de alguma forma, é tolerante com isso. Se o grupo se manifestasse, se incomodasse ou reagisse não haveria essa situação. No ambiente virtual, essa dinâmica complexa fica ainda mais ampliada.

Família e escola contra o bullying

Para enfrentar este tema e tantos outros do dia a dia escolar, é muito importante que família e escola trabalhem juntas. Nós, adultos, temos o papel de dar limite, sempre que necessário, oferecendo orientação e apoio nas mais diversas situações.

Quando nos focamos na atuação contra a prática do bullying, precisamos ter clareza em relação a alguns aspectos:

partimos do princípio de que crianças e jovens transgridem, pois é o exercício de crescer; e na escola, as crianças e jovens aprendem a se relacionar;

educamos e transmitimos valores importantes, em casa, para nossos filhos, mas não estamos livres da chance de o nosso filho estar exercitando bullying;

quando tratamos de um acontecimento que envolve bullying, não podemos partimos do princípio de que tudo está errado e somente o nosso filho está certo;

assim, quando estamos em contato com as diversas situações de conflito, é importante refletirmos sobre a seguinte frase: “o FILHO não fez nada, mas o ALUNO fez”;

muitas vezes, enxergamos nossos filhos como cristais que podem quebrar, mas eles são diamantes, fortes, que conseguem lidar com as dificuldades. Temos que desenvolver a capacidade de resiliência desde pequenos, para que nossas crianças e jovens possam viver todos os conflitos que vão surgir ao longo de suas vidas;

quando escola e família são parceiras e estão alinhadas, conseguimos fortalecer valores para os jovens, deixando claro que bullying é intolerável, a todo e qualquer momento.

É importante, também, que todos saibam como a escola atua nas diversas situações. Trabalhamos juntamente com o grupo de alunos, com conversas e entrosamento, para todas as idades, mediando os conflitos, no dia a dia do ambiente escolar, avaliando a gravidade e aplicando as ações específicas adequadas. Caso a situação demande, a família é envolvida.

Existe, ainda, o Conselho Disciplinar para alguns alunos, com a Orientação Educacional, a advertência, a permanência condicionada e, por fim, a transferência compulsória. Estes são pontos de referência para o aluno e é como a escola trabalha, formalmente, a disciplina.

O que não é bullying

Vale destacar que é muito importante diferenciar o que é brincadeira, o que é ofensa e o que é pejorativo.

Existem conflitos que não são bullying e muitas vezes nos colocamos na frente de problemas que são próprios da idade e vão passar. Assim, acabamos por colocar uma carga despropositada nesses acontecimentos.

Nosso papel, como adultos, é ajudar para que crianças resolvam os conflitos entre si, tendo cuidado para não rotular conflitos corriqueiros e que fazem parte da dinâmica das crianças e do seu crescimento.

Mais indicações

Durante o encontro em Higienópolis, foi sugerido o livro Ponte para Terabitia, de Katherine Paterson, Editora Salamandra, que conta a história de uma grande amizade entre dois jovens e os conflitos na escola, com algumas situações de bullying. Existe, também, o filme, com o mesmo nome.

Outro portal que oferece diversas informações sobre o tema é o “Bullying não é brincadeira”.

Uma boa indicação é o Blog Educa Tube, que apresenta alguns textos sobre o tema.

Área temática: Bullying