Ensino Médio: como escolher o que prestar no vestibular e planejar um projeto de vida


Maria Eugênia Rossetti e Márcia Chammas, orientadoras educacionais do Colégio Rio Branco, apontam dicas para os estudantes passarem por esse processo de forma tranquila, inclusive indicando como os pais podem apoiá-los

A partir de 2022, o Novo Ensino Médio traz um formato mais flexível, com uma aprendizagem comum a todos (Formação Geral Básica), a oportunidade de desenvolver um projeto de vida, e os itinerários formativos integrados. Assim, os jovens moldam o próprio currículo de acordo com suas pretensões profissionais e interesses.

Dessa forma, a 1ª série do Ensino Médio de 2022 passará por esse processo completo, favorecendo o autoconhecimento, enquanto a 3ª série se adapta depois de dois anos com os desafios da pandemia. Mas não importa em qual fase específica os estudantes estejam, “todos estão em um momento em que precisam ser incentivados a descobrirem seu propósito de vida”, comentam Maria Eugênia Rossetti e Márcia Chammas – orientadoras educacionais do 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio do Colégio Rio Branco.

Pensando nisso, as profissionais, que atuam nas unidades de Granja Viana e Higienópolis, refletiram em conjunto sobre como é possível tornar a fase dos vestibulares e do autoconhecimento mais fácil. Confira:

3 dicas para escolher o que prestar no vestibular e visualizar um projeto de vida

Um fator que sempre aumenta a pressão é a escolha do curso no vestibular. As especificações podem ser confusas, já que nem sempre fica claro o que uma profissão faz na prática. Confira três dicas que podem ajudar os estudantes, separadas pelas orientadoras Márcia Chammas e Maria Eugênia Rossetti:

1- Reconhecer seus interesses e seus sonhos. Mergulhar em um processo de autoconhecimento, planejar onde se imagina atuando de forma propositiva na sociedade. Esta é a etapa da imaginação.

2- Planejar um futuro. Conhecer o mercado de trabalho, conversar com profissionais da área e reconhecer a trajetória profissional dessas pessoas. Esta etapa é o início do confronto entre o imaginário e a realidade.

3- Agir. Esta é a etapa na qual o jovem precisa pesquisar cursos, faculdades, mercado e estabelecer itinerários de formação continuada. Nessa etapa, surgem as reflexões sobre as potencialidades, a revisão dos interesses, a identificação dos limites e, por fim, a criação de experiências novas. É importante reconhecer que o vestibular é apenas a porta de entrada deste novo universo.

Como fazer isso com tranquilidade?

“A proposta é que todos – pais, professores e sociedade – possam trabalhar de forma estruturada para apoiar a formação de uma juventude capaz de propor ideias, mobilizar recursos e pessoas e se dedicar à tentativa de resolver os problemas reais que nos cercam”, explicam Márcia e Maria Eugênia.

Com esse conjunto de fatores bem estruturados, o jovem alcança o protagonismo da própria vida. Logo, não deve ter muita dificuldade em escolher uma profissão e estabelecer um projeto de vida, já que sabe refletir e defender seus pontos de vista.

Como os pais podem auxiliar nesse processo?

Quando se deparam com o fato de que, ao escolher uma carreira profissional, os adolescentes começarão a trilhar seus próprios caminhos, muitos pais podem ficar assustados. Preocupados com o futuro, é comum que os responsáveis tentem impor suas opiniões. No entanto, é essencial respeitar o espaço pessoal do estudante e entender como apoiá-lo.

As orientadoras educacionais do Rio Branco listaram algumas atitudes que os pais podem – e devem – adotar nesse momento delicado. Confira:

-        saber ouvir as necessidades e dialogar
-        permitir as escolhas e o desenvolvimento da essência do jovem
-        deixar que enfrentem dificuldades
-        incentivar a seguir seus sonhos
-        entender que o processo de escolha é solitário!

Menos pressão em relação à carreira

Lembrar da educação que foi oferecida até agora a esses jovens também é crucial. Hoje, as escolas possuem o compromisso de proporcionar uma formação completa, ajudando a construir indivíduos éticos e solidários. Assim, a carreira escolhida (que pode sofrer variações com o tempo) não determina, isoladamente, sucesso ou felicidade, e é indispensável ter construído uma boa base.

“As oportunidades para o futuro não estão condicionadas a um diploma, mas a um projeto de vida coerente com as motivações e os talentos desenvolvidos ao longo de uma história de aprendizagens”, finalizam Márcia e Maria Eugênia.

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