Precisamos continuar a falar sobre a Aids
A luta contra a Aids, os jovens e o Colégio Rio Branco...
Desde a década de 1980, início da epidemia da Aids no país, foram registrados mais de 660 mil casos, de acordo com dados oficiais disponíveis no portal do governo sobre a doença.
Entre os sexos, a incidência entre homens infectados é maior do que entre as mulheres, embora essa diferença venha diminuindo ao longo dos anos.
A faixa etária em que a Aids é mais incidente, em ambos os sexos, é de 25 a 49 anos de idade. Em relação aos jovens, os dados apontam que, embora eles tenham elevado seus conhecimentos sobre prevenção e outras doenças sexualmente transmissíveis, há tendências de crescimento do HIV.
Muitos jovens que integram as novas gerações, por não terem assistido ao advento da Aids no país e no mundo, no qual perderam-se muitos amigos, personalidades de diferentes áreas, artistas, como o cantor e compositor Cazuza, e tantos outros que expuseram a face mais dura e cruel da doença, muitas vezes não conseguem dimensionar os perigos que ela realmente representa.
Os avanços da medicina nos tratamentos e os coquetéis de remédios que, felizmente melhoraram e aumentaram a expectativa de vida dos soropositivos, também podem passar uma falsa sensação de que a doença não é tão agressiva assim.
Por isso, um trabalho intenso e constante de conscientização e prevenção tem sido feito pelos órgãos públicos com a ajuda das iniciativas privadas, de ONGs e da sociedade.
O Colégio Rio Branco há 16 anos mantém, tradicionalmente, uma programação especial com seus alunos. Neste ano, a 16ª edição do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, aconteceu em 1° de dezembro, com a parceria do médico infectologista e professor emérito da Faculdade de Medicina da USP, Vicente Amato Neto.
Alunos de diferentes períodos participaram do encontro, em especial, os alunos do 8° ano do Ensino Fundamental. Temas como formas de contágio, prevenção, combate ao preconceito e tratamento foram abordados nas apresentações dos alunos e pelo médico.
“Tratar esse assunto com os alunos do 8° ano é muito importante. Nessa fase eles estão descobrindo a sexualidade e falar sobre reprodução, adolescência e doenças sexualmente transmissíveis é bastante pertinente e esclarecedor. Os alunos gostam muito!”, explicou a professora Mônica Sabatim.
Os estudantes falaram sobre a doença em seus diversos aspectos, por meio de vídeos, maquetes, apresentações, jograis, páginas informativas nas redes sociais, telejornais e jornais impressos, com informações sobre prevenção, além da elaboração e distribuição dos lacinhos vermelhos que simbolizam o combate a Aids.
Todos os anos, durantes as semanas que antecedem o evento, são realizadas rodas de conversas em sala de aula e a realização dos trabalhos sobre a doença, como parte do conteúdo pedagógico.
O evento também contou com a presença da diretora assistente da Unidade Higienópolis do Colégio Rio Branco, Maria Olivia Montenegro.
Fonte/infos: www.aids.gov.br