Ponto de Vista

O ano “paulistano” da UNESCO

Por Esther Carvalho

Este 2010 da Copa do Mundo na África do Sul e eleições gerais no Brasil é também o Ano Internacional para a Aproximação das Culturas. A celebração objetiva mobilizar a opinião pública global conta o preconceito e a discriminação, promovendo a tolerância, o conhecimento e a interação harmoniosa entre as distintas raças, culturas, ideologias e religiões, em âmbito regional, nacional e internacional.

A defesa da paz é o pressuposto basilar dessa importante iniciativa oficial do UNESCO (organização Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Seus propósitos atendem, portanto a demandas prementes da civilização. Por isso, devem ser disseminados de modo amplo e contar com o engajamento das escolas, família, mídia, entidades de classe, instituições civis, ONGs, governos e toda a comunidade.

Para o sucesso dessa imensa empreitada da boa vontade, é muito importante a referencia de sociedades nas quais as relações fraternas entre diferentes etnias e crenças já constituem realidade há muito tempo arraigada. É o caso do Brasil e, mais especificamente, de São Paulo , síntese de uma nação pluralista. Na cidade, convivem sem rancor e pautados pelo respeito e a solidariedade, imigrantes e seus descendentes de todos os continentes e credos, inclusive advindos de nações e povos protagonistas de alguns dos mais agudos colitos no cenário político internacional contemporâneo.

Encontram-se na grande metrópole, como em todo o País, elementos substantivos capazes de contribuir para a quebra do paradigma mundial das percepções equivocadas, estas indutoras de conflitos entre estados e comunidades heterogêneas. O peculiar jeito paulistano de ser é uma resposta concreta ás metas do Ano Internacional Para aproximação das culturas, de dissipar os amalgamas urdidos pela ignorância e os preconceitos, geradores de tensões, violência e medo.

Além do bom exemplo para o mundo, é fundamental continuar formando novas gerações de indivíduos cada vez mais tolerantes, cultos e plurais. Esta é uma responsabilidade das famílias e dos estabelecimentos de ensino, em especial os integrantes do programa de escolas associadas das UNESCO (PEA), como o Colégio Rio Branco.

Afinal, esse projeto da instituição da ONU está presente em 130 nações, constituindo rede internacional preconizada da paz. Jamais se pode descuidar do compromisso educacional de trabalhar as diferenças e contribuir para o estreitamento das relações entre comunidades e e pessoas de estratos culturais, étnicos, ideológicos e religiosos diversos.

 

Ponto de Vista
Esther Carvalho
Diretora-Geral do Colégio Rio Branco