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02/06/2020

Escritora Ruth Rocha fala de sua história com o Colégio Rio Branco

Ruth Rocha é uma referência na literatura infantil, com mais de 50 anos de carreira e 200 títulos publicados! O Colégio Rio Branco tem o privilégio de fazer parte dessa história, pois a escritora é ex-aluna e ex-colaboradora da instituição.

Ruth Rocha, que nasceu em 1931, foi aluna do Colégio Rio Branco entre os anos 1947 e 1949 e realizou sua graduação em Sociologia e Política. Em seguida, voltou ao Rio Branco como assistente de biblioteca e, depois, como orientadora educacional, entre os anos 1957 e 1972.

A autora emociona crianças e adultos até os dias de hoje e participou de um encontro virtual com os educadores da escola, para falar, especialmente, do livro “Mil pássaros pelos céus’. A obra integra o site “Culturando: janelas para o mundo”, que apresenta trilhas pelos continentes e sua cultura. Uma dessas trilhas é pelo Brasil, e o livro de Ruth Rocha, pela sua musicalidade, faz parte desse trabalho.

Confira trechos dessa conversa especial com a autora:

Quais lembranças a senhora tem dos tempos de escola?
Eu não passei muitos anos no Colégio Rio Branco como aluna, mas foram anos decisivos para mim, pois foram alegres, ricos, fiz grandes amizades. Eu adorava os professores, tive professores fantásticos. Tive o professor João Batista Damasco Penna, que era um filósofo, um homem de uma cultura enorme e de uma graça, ele era interessante. Eu adorava as aulas dele. Tinha o professor Sales Campos, de Português, que era uma pessoa maravilhosa, muito alegre, muito entusiasmado pela Literatura. Ele me deu uma formação literária importantíssima. Eu devo muito ao professor Sales. Eu adorava o professor França, de História. Ele tinha uma narrativa bonita, a narrativa dele era como se fosse uma história mesmo, como se fosse um conto, como se fosse uma coisa fantástica. As aulas dele eram ótimas. O ambiente da escola era maravilhoso, um ambiente alegre. Eu gostava muito do Rio Branco. Fui muito feliz!

Como foi sua trajetória como colaboradora de nossa escola?
Fui para a faculdade, me formei em Sociologia e Política, me casei e fui trabalhar no Rio Branco. Eu era assistente de Biblioteca. Eu gostava muito de fazer aquilo! Como eu gostava de ter contato com as crianças, de recomendar livros, eu vivia cercada de crianças! E o professor Norton Severo Batista, que era diretor, reparou nisso e me convidou para ser orientadora educacional, pois eu tinha muita influência com as crianças. Então, eu estudei, fiz cursos e comecei a ser orientadora educacional. Fui orientadora por 15 anos. Era um trabalho que eu adorava fazer, ter contato com as crianças, com os pais, com os professores. Eu fui muito feliz também como funcionária do colégio!

Como foi escrever o livro Mil pássaros pelos céus?
Esse livro eu acho uma graça, porque é um livro ótimo para a quarentena, é um livro feito para a gente se divertir, é um livro feito pra gente se alegrar. Não há ninguém que não goste de passarinhos. Eles são tão bonitos, eles são tão alegres. Então, eu quis fazer uma história contando dos passarinhos e essa história saiu quando eu escrevia a história da música. A história da música veio através da história dos passarinhos. Eu pensei na música e pensei como ela é importante para os passarinhos. Eu quis fazer um livro para mostrar a importância do canto para todos nós!

Nossos alunos, familiares e educadores têm uma imensa admiração pela senhor. Poderia deixar uma mensagem aos nossos alunos?
As crianças são a nossa esperança. Esperança de um Brasil melhor, mais verdadeiro, sem miséria, sem doença. São vocês que terão que trabalhar por isso. Nós já fizemos nossa parte. Eu, por exemplo, fiz 200 livros, fiz o que pude para espalhar amor, para espalhar bons sentimentos, para espalhar boas ideias. A escola é o melhor caminho. Vocês devem dar valor para a escola, dar valor para os professores, dar valor para as aulas. Todos vocês podem ser importantes. Cada um de nós é responsável por fazer os outros felizes. Somos responsáveis por todos.