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Finlândia apresenta suas lições sobre aprendizagem colaborativa, inovação e empreendedorismo em sala de aula

“Não queremos dar as respostas aos alunos, mas proporcionar projetos para a vida real”. A frase da diretora de Diretora de Exportação Educacional da Universidade Tampere de Ciências Aplicadas, Carita Prokki, resume, em grande parte, a essência da educação finlandesa. A aprendizagem, de acordo com a diretora, é realizada quando professores e alunos sabem ouvir diferentes vozes e ideias.

Para Carita Prokki, a criação colaborativa é responsável por desenvolver nos alunos o conceito de que as respostas nem sempre estão prontas. O modelo de aprendizagem colaborativa compreende, ainda, uma abordagem interdisciplinar dos estudos e a inovação é estimulada ao longo do processo de aprendizagem.

Kitte Mattinen, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Serviços da Universidade Haaga Helia de Ciências Aplicadas, apontou a importância da criação de ambientes para o conhecimento. Dar alvos às aprendizagens, baseados em competências, estimulam os estudantes a alcançarem metas, desenvolvendo uma competitividade saudável.

Os estudos no país, tanto em áreas acadêmicas como vocacionais, têm o foco nas formas de aprendizagem e nas necessidades individuais, e não apenas no conteúdo, destacou. A formulação do currículo inicia-se em nível nacional, no entanto, grupos diretivos definidos atendem às necessidades individuais de aprendizado. A confiança no trabalho do professor é a chave para o sucesso do modelo.

O empreendedorismo em sala de aula foi destaque na palestra ministrada por Seija Mahlamäki-Kultanen, Diretora de Treinamento do Ensino Profissional para Professores da Universidade Hämeenlinna de Ciências Aplicadas. “Uma nova forma de ensinar e aprender é a solução para estudantes cansados de palestras”, comentou a diretora.

O modelo empreendedor em sala de aula proporciona a aprendizagem baseada em casos reais. Como exemplo, a palestrante citou um módulo em que alunos têm a oportunidade de criar uma empresa e de trabalhar, ao mesmo tempo em que estudam, e de compartilhar dúvidas e conhecimentos aprendidos com os professores. O educador toma a posição de treinador, apoiando as atividades realizadas e incrementando os níveis de dificuldade dos objetivos. “Esse tipo de aula é cada vez mais necessária para criar novos profissionais”, ressaltou.