Nossa conversa sobre o uso de WhatsApp por grupos de pais foi muito rica! Dessas reflexões, surgiu a necessidade de abordarmos o seguinte tema: O uso do WhatsApp e do Snapshat por crianças e jovens. Assim, nos dias 22 e 23 de junho, conversamos sobre os diversos desafios que enfrentamos no dia a dia com nossos filhos e alunos.
Hoje, o aplicativo Snapchat tem sido muito usado pelos jovens e até crianças, por isso, precisamos entender, um pouco, como funciona. Para termos uma ideia da dimensão, ele já ultrapassou o Twitter em números de usuários diários. Confira.
Como outros diversos aplicativos, o Snapchat é utilizado para a troca de texto, fotos e vídeos, mas seu grande diferencial é que o conteúdo só pode ser visto uma vez, pois, após algumas horas, ele é deletado. Mas, atenção! Vale destacar que o conteúdo compartilhado pode ser copiado e armazenado por outras pessoas.
Para entender um pouco sobre a opinião dos jovens sobre o Snapchat, assistimos ao vídeo de uma Youtuber, conhecida como Marina Inspira, que tem muitos seguidores nas redes sociais: Youtube, Facebook, Instagram e Snapchat. Ela fala, de uma maneira muito divertida e com a linguagem dos jovens, sobre “Os tipos de pessoas no Snapchat”: a que só posta imagens de comida, a que só posta imagens de viagem, a que só posta imagens de malhação. E por ai vai!
Mas algo muito esclarecedor que ela fala, é que hoje o Snapchat é uma das poucas redes sociais em que, ainda, os pais e familiares, não dominam e isso faz com que os jovens fiquem mais a vontade para postar. Assista.
Uma das grandes lições desse vídeo é que precisamos entender a tecnologia à luz do olhar dos jovens, para que possamos refletir sobre suas possibilidades e saber orientar da melhor forma, garantindo a segurança e aproveitando todos os benefícios.
Construção da imagem virtual
Devemos avaliar de uma maneira muito crítica e consciente o papel da tecnologia em nosso dia a dia na escola e na família e como nossos filhos e alunos estão se colocando nas redes sociais.
Sem dúvida, há um estilo próprio de comunicação e de linguagem e há a necessidade de aprovação por meio de curtidas e números de visualização dos conteúdos compartilhados, na construção de uma imagem virtual.
Virtual ou real?
Ainda precisamos reforçar a noção de que tudo o que é feito no ambiente digital tem impactos e não fica restrito ao mundo virtual: o que é escrito no WhatsApp vale como prova jurídica; o que é compartilhado no Snapchat se apaga, mas pode ser salvo por outras pessoas; o que é postado no Facebook, no Twitter, no e-mail pode ser visto e rastreado para sempre.
Precisamos retomar, continuamente, com nossos filhos e alunos, questões, como privacidade, autonomia, consequências da exposição, entre outras, pois a Internet é pública e seu alcance é imenso.
Tivemos a oportunidade de assistir a um vídeo em que o sociólogo Zygmunt Bauman apresenta uma breve reflexão sobre as diferenças entre as relações presenciais e virtuais e a diferença entre comunidades e networking. Segundo ele, amigos de Facebook e amigos na vida real não são a mesma coisa, pois existem laços humanos. No mundo virtual é muito fácil nós conectarmos, mas o grande atrativo é a mesma facilidade para se desconectar, sendo que quebrar relações baseadas no olho a olho, no face a face, é sempre muito traumático e mais complexo. Assista.
Cidadania Digital
Ao mesmo tempo em que a tecnologia permite o contato com conteúdos maravilhosos, o mesmo vale para conteúdos não adequados a cada idade. Por isso, é tão importante que nós, adultos, tenhamos conhecimento e saibamos acompanhar continuamente a ação de nossos filhos na rede.
Sabemos que o tema é complexo, mas como adultos, devemos fazer escolhas: até onde devo controlar? O que devo monitorar? Quais redes sociais vou permitir? Com qual idade darei um celular?
É um grande desafio, mas é algo necessário se queremos criar a Cidadania Digital, contribuindo com a formação de pessoas éticas, inclusive digitalmente.
Educação e Tecnologia no Rio Branco
A construção da Cidadania Digital é uma necessidade. Na escola, criamos propostas construtivas de produção colaborativa, por meio de atividades que utilizam a tecnologia em prol do aprendizado.
Confira alguns trabalhos recentes desenvolvidos pela escola:
Snapchat e o aprendizado do Gênero Poesia
Game Factory: atividade ensina linguagem de programação
CRB participa de evento do Google for Education
Alunos compartilham vivências com crianças da Austrália
Aula especial de História no Laboratório de Tecnologia Aplicada
Tecnologia e Colaboração: o ensino da Matemática como você nunca viu!