Educar filhos e alunos

by Colégio Rio Branco 28. fevereiro 2019 11:18

Neste ano, vamos completar sete anos de Encontro com a Direção! Construímos, juntos, um espaço qualificado para a reflexão e diálogo sobre temas complexos e desafiadores para a educação de crianças e jovens, nossos filhos e alunos.

Podem acreditar que muitas das reflexões compartilhadas durante os encontros estão refletidas em ações e projetos que acontecem nos espaços do nosso Rio Branco, nossa escola em metamorfose.

Para iniciar as discussões do ano, trouxemos o tema “Educar filhos e alunos”, tendo como ponto de partida o artigo que traz o mesmo nome no título e foi escrito pela diretora-geral, Esther Carvalho.]A partir do artigo, levantamos algumas questões que permearam nossas reflexões

Processo de socialização

No processo de socialização, a família é responsável pela chamada socialização primária, processo  em que a criança, desde muito pequena, vai diferenciando-se como indivíduo, percebendo a existência de outras pessoas, construindo regras e valores basilares, a partir da  convivência familiar, vivendo os primeiros  conflitos entre “o que eu quero, o que eu devo e o que eu posso fazer”.

A escola, por sua vez, é o primeiro espaço social em que a criança passa a interagir, cotidianamente, com um universo mais amplo de relações, assumindo novos papéis sociais. A escola é responsável, portanto,  pela chamada socialização secundária, pois tem, na sua razão de ser, a formação não só de indivíduos, mas, essencialmente, de cidadãos.

Papéis de pais e de filhos

Muitas vezes, temos o sonho e o desejo verdadeiro de sermos os melhores amigos de nossos filhos. Mas eles precisam é de pai e mãe, uma vez  que os  amigos têm a idade deles. Nós, adultos, precisamos nos posicionar com amor e coerência, dando limites e sendo as referências para nossas crianças e jovens.

Conflitos

Para enfrentar os conflitos do cotidiano,é preciso ter claro que conflitos fazem parte do desenvolvimento de crianças e jovens. Outro aspecto abordado na  reflexão é a interferência de adultos nos conflitos dos filhos. Temos que saber qual é o nosso papel diante de determinadas situações para que possamos fortalecer as crianças e jovens.

Apresentando exemplos, falamos de muitas situações cotidianas no espaço escolar que chegam aos pais em ligações imediatas dos filhos, por meio do celular, antes mesmo da atuação dos educadores. Ao receberem essa ligação, os pais acionam a escola no anseio de resolver um possível conflito, sem perceberem que a visão de cada filho diante de uma situação de divergência é sempre parcial e os educadores são os responsáveis por avaliar os cenários e atuar.

Diamante ou cristal

Usando metáforas, trouxemos que crianças e jovens não são cristais. São diamantes, que necessitam ser lapidados pelas experiências entre seus pares, entre adultos, em diferentes contextos. Portanto, viver consequências de seus próprios atos, experimentar novos relacionamentos, procurar gerenciar seus conflitos e superar dificuldades são elementos essenciais para se formar pessoas fortalecidas, que possam lidar com o mundo adulto de forma assertiva.

Não se cresce no conforto. Nesse sentido, conflitos e frustrações são elementos essenciais para o desenvolvimento das pessoas. Nossos filhos e alunos são muito mais fortes do que imaginamos. 

No meu tempo...

O tempo de nossos filhos também é o nosso tempo, que traz oportunidades e desafios em um mundo que muda exponencialmente. É neste cenário que precisamos, como pais e educadores, viver as permanências e mudanças de nosso tempo, sem o saudosismo de um passado, mas trazendo o legado, os valores e as experiências que nos constituem hoje e nos desenhará amanhã.

Expectativas das famílias e projeto da escola

A formação de crianças e jovens é uma ação compartilhada. Traz as expectativas e valores da família, o perfil da criança ou do jovem com sua personalidade e, também, a escola com seus valores e sua proposta de formação.

Essa parceria deve estar fundamentada na confiança de que família e escola estão do mesmo lado e fazem o melhor, em um espaço que sabemos que há gente formando gente!

Fortalecimento de nossos filhos e alunos para lidar com a questão do uso de drogas lícitas e ilícitas

by Colégio Rio Branco 14. setembro 2017 15:24

Frente aos desafios da prevenção ao uso de drogas, o Colégio Rio Branco promove um ciclo de reflexões sobre o tema, envolvendo toda a comunidade escolar. A ação teve início no Encontro com a Direção realizado nos dias 12 e 14 de setembro, em uma conversa com os pais sobre as ações da escola e o papel dos educadores e das famílias diante do uso de drogas lícitas e ilícitas.

Confira o vídeo sobre o Encontro com a Direção.

Para dar continuidade às reflexões, o Colégio Rio Branco convidou uma referência na área de prevenção ao uso de drogas, o Dr. Anthony Wong, médico pediatra, professor de Toxicologia Clínica e de Farmacovigilância e Chefe do Centro de Assistência Toxicológica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Saiba mais sobre as palestras com o Dr. Anthony Wong.

Como desenvolver, desde cedo, bons hábitos de estudo?

by Colégio Rio Branco 30. junho 2017 13:21

Como desenvolver, desde cedo, bons hábitos de estudo? Esse é um desafio muito importante para pais e educadores e foi abordado no Encontro com a Direção de junho, conduzido pelas orientadoras de Apoio à Aprendizagem, Juliana Gois, em Higienópolis, e Carla Marquat, na Granja Vianna.

As educadoras apresentaram aos pais diversos aspectos e estudos com base nas neurociências. Do ponto de vista neurobiológico, aprendizagem é a aquisição de novos comportamentos, que resultam em atividade cerebral. O cérebro, portanto, é o órgão da aprendizagem, apesar de não ser o único responsável por ela.

É importante destacar que diferentes habilidades cognitivas, como percepção, atenção, memória, e linguagem estão envolvidas no processo ensino-aprendizagem.

Com vistas ao melhor o desenvolvimento da aprendizagem destacou-se as chamadas "Funções Executivas", base do comportamento intencional. Trata-se de um conjunto de habilidades que, de forma integrada, permitem ao indivíduo direcionar comportamentos a metas, avaliar a eficiência e a adequação desses comportamentos, abandonar estratégias ineficientes em prol de outras mais eficientes e, desse modo, resolver problemas imediatos, de médio e de longo prazo. Essas habilidades surgem no primeiro ano de vida e se desenvolvem até o final da adolescência.

Vale ressaltar que a motivação é essencial e cabe aos pais e educadores buscarem estratégias que despertem o interesse das crianças e jovens para o aprender. Seguem algumas sugestões:

  • Estimular habilidades como resiliência, curiosidade e perseverança - elas são fundamentais para ser bem sucedido tanto na escola e quanto na vida;
  • Colocar a educação escolar no dia a dia - conversar sobre o que aprendeu naquele dia, sobre os amigos, sobre as atividades. Com os mais velhos, podemos falar sobre as perspectivas para o futuro, como o ingresso no ensino superior;
  • Valorizar o conhecimento, os professores e a aprendizagem - o aluno aprende o valor da educação também quando percebe o quanto isso é importante para a família;
  • Apoiar o protagonismo do aluno - valorizar e acreditar que eles são capazes de realizar o que querem;
  • Ampliar o universo cultural e esportivo – atividades culturais estimulam a curiosidade e o senso crítico.

Aprender mais e melhor também é algo relacionado a outros aspectos importantes, como o acompanhamento do desempenho escolar, o respeito aos diferentes perfis cognitivos, a valorização de desafios e a atenção ao bem-estar, saúde, alimentação e sono.

Assista ao vídeo com as dicas da orientadora Juliana Gois.

Intervenções nos conflitos e construção de valores

by Colégio Rio Branco 29. maio 2017 10:06

Os conflitos são grandes oportunidades para validarmos valores. A afirmação é da doutora na área de Psicologia, Desenvolvimento Humano e Educação, Telma Vinha, que conversou com os pais, professores e convidados durante a edição especial do Encontro com a Direção, realizada nos dias 24 e 25 de maio.

A palestra “Intervenções nos conflitos e construção de valores” apresentou, além de importantes conceitos sobre o desenvolvimento da autonomia moral, dados e exemplos obtidos em diversas pesquisas desenvolvidas pela palestrante.

Telma iniciou a discussão apresentando um importante aspecto da moral: ela se restringe aos atos e não aos sentimentos. Por exemplo, uma pessoa pode sentir raiva ou inveja, mas a moral pode evitar que ela expresse esse sentimento por meio de uma ação de violência, como um tapa.

Em geral, entende-se paz como ausência de conflitos. Esses são parte integrante do desenvolvimento da autonomia moral. Assim como as consequências naturais dos conflitos devem ser experimentadas para favorecer esse processo de desenvolvimento. Conflitos naturais geram consequências próprias dos atos e ambos não devem ser evitados.

No que se refere à gestão de conflitos, há inúmeras possibilidades de crescimento: 

  • são excelentes oportunidades para que pais e educadores trabalhem valores e regras;
  • dão pistas sobre o que as crianças e jovens precisam aprender;
  • preparam crianças e jovens para o futuro: lidar com as amizades, com a mentira, com o medo e muito mais;
  • permitem a regulação dos sentimentos envolvidos e a oportunidade de encontrar soluções.

Aspectos sociais, afetivos e cognitivos

É um desafio para pais e educadores aprenderem a intervir nos conflitos, para favorecer o desenvolvimento da autonomia. Telma Vinha explicou que uma pessoa leva 16 anos, no mínimo, para aprender a regular suas emoções, e apresentou aspectos sociais, afetivos e cognitivos do desenvolvimento das crianças e suas estratégias a partir dos 3 anos de idade até a adolescência.

As crianças de 3 a 6 anos lidam com os conflitos a partir de estratégias momentâneas, impulsivas e irrefletidas, sem considerar os efeitos psicológicos gerados. Esses efeitos somente são identificados por dados observáveis, como um rosto triste ou algo assim. Por isso, as crianças tentam nos fazer rir quando estamos bravos, pois isso significaria o fim do conflito. Além disso, o conflito acaba rápido e não costuma retornar. A criança não tem noção de tempo, por isso, não é interessante que o adulto fique bravo por um longo período.

Com o desenvolvimento, há algumas mudanças. Os efeitos psicológicos passam a ser tão importantes quanto os físicos. As crianças param de brigar pela posse das coisas e passam a brigar pelo controle social. Outra mudança é que começam a aparecer estratégias de resolução de conflitos, embora elas não sejam coerentes com as ações.

Por volta dos 9 anos de idade, os efeitos dos conflitos começam a ser preservados por mais tempo e, na adolescência, iniciam-se as discussões de relacionamento e a ideia de que alguns conflitos podem fortalecer as relações e não enfraquecê-las.

A partir da adolescência, a maior causa de conflitos é a provocação, que une o humor com a agressão, sendo uma expressão muito ambígua, uma forma de controle social e de aproximação. A provocação gera prazer, por isso é tão difícil impedir essa postura.

A pessoa que provoca, geralmente, minimiza o efeito de sua ação, enquanto que o provocado minimiza a dor. O papel dos pais e educadores é apoiar a construção de estratégias de enfrentamento dos conflitos. Dentre elas, ignorar é menos eficaz do que reagir com humor. Vale destacar que o provocador precisa saber que suas ações podem gerar um ambiente tenso, sendo necessária a intervenção quando a provocação se torna excessiva ou até quando é antissocial, causando sentimentos ruins.

A provocação entre irmãos, por exemplo, deve ser tratada pelos pais com a expressão sincera do quanto essas situações deixam o ambiente tenso.

Como uma importante dica, Telma destacou a imensa contribuição das amizades para o desenvolvimento da criança e do jovem, como um fator de proteção e de regulação. Os pais devem estimular essas relações levando os amigos de seus filhos para sua casa, ao cinema e criando oportunidades de interação.

No dia a dia - estratégias

A orientação é não falar pela criança ou pelo jovem para resolver seus conflitos. O papel do adulto é ensiná-los a enfrentar a situação. Telma indicou que, para crianças pequenas, pais e educadores podem falar em seu ouvido frases curtas e com orientações de como elas devem falar ao outro para resolver o conflito, substituindo ações por palavras. Por exemplo, falar ao ouvido da criança: Diga ao seu amigo ‘Você me deixou triste’.

Vale destacar que não se deve tomar partido ou comparar as crianças umas com as outras.

Outra ação é usar a linguagem descritiva. Falar de fatos e sentimentos e não de aspectos de personalidade, focando o problema, pode transformar os conflitos, sem julgamento de valor. Por exemplo:

  • falar “Quando você age dessa forma, você me deixa chateada” é muito melhor do que falar “Você é chato”;
  • falar “Vocês estão saindo e deixando canetas e coisas no chão” gera mais resultado do que falar “Peguem os papeis do chão”.

Para fazer a gestão do conflito é preciso caminhar em direção ao sentimento, reconhecendo e entendendo:

  • “Entendo que os pais de seus amigos permitem que eles cheguem mais tarde e entendo que você também quer chegar mais tarde. Mas, aqui em casa é diferente, pois...”;
  • “Entendo que você não quer ir para a escola nova, sei que não é fácil, sei que pode dar medo, mas estarei com você, estarei te esperando na saída...”.

Perguntas importantes podem apoiar esse processo de gestão de conflitos:

  • Como você se sente a respeito dessa situação?
  • O que você pode fazer da próxima vez?
  • Como podemos resolver esse problema?
  • Você teria alguma ideia para essa situação?

Falta ou excesso de limite

Todos já ouvimos a justificativa de que determinado comportamento de uma criança ou jovem é em razão da falta de limites dados pelos pais. Telma Vinha destacou uma outra forma de avaliar a situação. Segundo ela, o excesso de limites ou até a concentração de regras em coisas que não são essencialmente formadoras podem acabar sendo encaradas pelas crianças e jovens como implicância. Ou seja, a mesma reação para questões de pesos diferentes podem gerar confusão. Por exemplo: ter a mesma reação para uma bagunça no quarto e para uma briga na escola.

Existem as regras convencionais, que são as estabelecidas socialmente, e existem as regras morais, pelas quais vale a pena se posicionar com mais intensidade. Quando a infração do filho ferir a moral, é preciso reagir, é preciso trazer a tona a reflexão para o filho: “O que você deveria ter feito diante disso?”. Embora ele não tenha feito a coisa certa, ele precisa saber o que teria sido correto.

Existem, ainda, as regras inegociáveis: questões relacionadas à saúde e segurança, ao bom estudo e aos princípios. Mesmo sendo inegociáveis, os pais podem dar opções aos filhos, estimulando a autonomia: “prefere passar protetor solar e brincar no sol ou não passar e brincar na sombra?”.

Com o desenvolvimento, é importante passar a envolver os filhos nas negociações para a gestão dos conflitos.

O caminho é o afeto

Telma Vinha destacou que o melhor caminho para a resolução dos conflitos é o afeto. Boas relações são fundamentais para que crianças e jovens tenham a confiança. Assim, é importante criar momentos especiais e exclusivos com os filhos. Às vezes momentos individuais com cada um deles. Relações de qualidade geram vínculo e sentido para se crescer com conflitos.

Saiba mais

Acesse a apresentação de Telma Vinha.

Confira o vídeo com Telma Vinha sobre o Encontro com a Direção Especial.

Para desenvolver a determinação em nossas crianças e jovens

by Colégio Rio Branco 31. março 2016 18:15

Como desenvolver a determinação em nossas crianças e jovens para que possam buscar seus objetivos? Para buscar respostas a essa importante questão, estivemos reunidos no Encontro com a Direção, nos dias 30 e 31 de março.

Nossa conversa foi inspirada por uma TED Talk com Angela Lee Duckworth, que fala sobre a determinação ou “Grit”, em inglês, e seu impacto no sucesso das pessoas. Em português, "Grit" estaria mais próximo do significado de garra.

Segundo ela, paixão e perseverança são fundamentais para a determinação, além do trabalho contínuo para transformar sonhos em realidade. É essencial reunir as melhores ideias e as mais fortes intuições e colocá-las em teste, tendo sempre em mente que falhar não é uma condição permanente, enfrentando o fato de que, se falharmos, podemos começar outra vez, aprendendo com as diversas circunstâncias. Confira.

Valorização da determinação

O que faz as pessoas buscarem com toda a energia seus objetivos? O que faz as pessoas terem sucesso? A partir dessas reflexões, apresentamos nossas visões pessoais sobre o que é ter sucesso, tendo em vista que ser bem sucedido depende da meta de cada um. O que deve ser algo comum é a energia que dedicamos para atingir os objetivos.

Para nossas crianças e jovens somos referência sobre valores, metas e sucesso. Sem dúvida, valorizar e estimular os talentos múltiplos é importante, mas é preciso saber que muitas vezes o talento é desperdiçado, pois não há um projeto concreto ou a definição de um caminho a ser percorrido.

Outro desafio é a questão do tempo, pois vivemos em um mundo em que todos querem que as conquistas e a realização dos desejos sejam rápidas e instantâneas. Assim, a palavra ‘esforço’ é muito importante no dia a dia, apoiando os planos a curto, médio e longo prazo.

Na escola

Desde o Ensino Fundamental II, trabalhamos com as crianças com a ideia de projeto de vida, ensinando os alunos a elaborarem metas e traçarem objetivos. Outro trabalho é a Mentoria, que oferece um apoio especial às crianças e jovens no desenvolvimento de seus planos.

No Colégio Rio Branco, acreditamos na diversidade, pois vivemos e viveremos, em todos os âmbitos de nossas vidas, na diversidade. Essa vivência é a condição que damos para que nossos alunos sejam competentes em qualquer lugar.

A escola quer formar pessoas plenas, solidárias, éticas e preocupadas com a sociedade. Por isso, o estímulo ao desenvolvimento das competências não cognitivas, como disciplina, criatividade, colaboração, trabalho em equipe, é tão importante quanto a busca por resultados acadêmicos.

O poder do "Ainda"

Sofrimentos, decepções e frustrações fazem parte do processo de desenvolvimento das pessoas e precisamos lidar com essas questões quando elas ocorrem com nossas crianças e jovens. É importante acreditar que os filhos são mais fortes do que imaginamos e colocá-los sempre na zona de conforto pode não ser a melhor forma de estimular a determinação.

Em mais uma referência para nossas discussões, a pesquisadora Carol Dweck fala sobre a Mentalidade do Crescimento, ou “Grouth Mindset”, que coloca o foco na perspectiva do “ainda”, como uma valorização do trajeto percorrido com esforço e dedicação. Quando falamos para nossas crianças e jovens algo como “você AINDA não chegou lá” ou “você AINDA não atingiu suas metas”, conseguimos contribuir para o fortalecimento do processo de formação da determinação.

Assim, a pesquisadora fala da importância do elogio com sabedoria e significado. Para formar crianças mais corajosas e resilientes, é necessário elogiar o esforço, a estratégia, o foco, a perseverança e o aperfeiçoamento. Veja.

Construção no dia a dia

Hoje, quando recebemos uma criança de um ano e meio para o Minimaternal, sabemos que ela terminará o Ensino Médio em 2032. Como estará o mundo? Como será o mercado de trabalho? Não sabemos responder ao certo. Por isso, temos o dever de, juntos, família e escola, formar e preparar os cidadãos para esse futuro.

A construção da determinação é algo que ocorre no dia a dia. As experiências cotidianas, a rotina e as referências que oferecemos são essenciais nesse processo.

 

Confira o depoimento da mãe riobranquina Juliana Kaufmann

Como sempre o momento do Encontro com a Direção é muito gostoso, mas infelizmente um tanto curto para chegarmos à uma conclusão sobre o tema. Mesmo assim, eu sempre tiro proveito do que recebo de informação e troca de experiências!

Me desculpem por ocupar vosso tempo! Eu passei o dia filosofando sobre o assunto e gostaria de expor ou compartilhar um pouco dos meus pensamentos com vocês. Hoje, nós falamos sobre: Determinação ou Garra e de Mentalidade do Crescimento.

Um colega citou que: a personalidade do indivíduo é um ponto chave para a determinação, ou seja, pessoas nascem com essa qualidade ou não. Mas, também podemos obter condições externas para sermos determinados! Nossa família, nossa condição econômica, a sociedade em que vivemos... a escola que nos forma e educa.

Há uma série de fatores que levam uma pessoa ser ou ter mais Garra que outra. Também, existem momentos na vida que nos levam a tal situação, motivação ou desmotivação!

Falamos que: as pessoas que têm menores condições socioeconômicas, de um modo geral têm mais Força para conquistar seus objetivos, do que as pessoas que têm tudo. Desculpe, mas eu discordo um pouco: acho que depende muito do valor que se dá às coisas da vida!! O que traz felicidade!! Tem muita gente pobre que continua na pobreza e tem muita gente rica que valoriza o que tem e possui bastante motivação para a vida, para realizar sonhos e conquistar ideais!!

O que nos faz ir em frente sempre? Acho que a emoção. Mais do que a razão, nossa Emoção está acima de tudo. Quem tem uma boa autoestima tem mais firmeza e confiança em si, para ir além, para conquistar!!

Agora, como estimular ou fazer desabrochar tudo isso em quem não nasceu assim, ou naquele que não tem ou não teve estímulos e condições para ser Determinado ou ter Garra?

A história de vida de cada um, os acertos e erros, as conquistas e derrotas, tudo conta para a Mentalidade do Crescimento. Penso, também, que Garra ou Determinação não definem a Felicidade, pois há pessoas felizes que são pacatas, tranquilas, serenas ou simples... e são felizes assim.

Outros que são Determinados e que tem Garra, pelo fato de estarem sempre buscando mais, e quando não conseguem conquistar seus objetivos, podem tornar-se depressivos...

Enfim, é um assunto que não se fecha, ou não se conclui, pois tem os mistérios que o ser humano carrega... não somos exatos como a matemática...!!!

Um beijo e um abraço,

Juliana