
Confira oito dicas para uma recuperação saudável das energias, indicadas pela orientadora educacional de apoio à aprendizagem, Juliana Góis
Depois de um ano intenso de estudos ou trabalho, é natural que as pessoas estejam cansadas. E 2022 foi um ciclo atípico, com uma grande variedade de acontecimentos: retorno às atividades presenciais, eleições, Copa do Mundo e a correria típica do encerramento do ano letivo, com entregas de relatórios e preparação das confraternizações.
“A importância de reconhecermos esse cansaço se dá pelo fato de o final do ano representar uma finitude relativa. Tudo o que foi experimentado, sentido e vivido torna-se marca da nossa história e nos transforma de forma contínua, não se parte do zero e nós sabemos disso”, diz Juliana Góis, orientadora educacional do Colégio Rio Branco.
Por isso, é essencial que cada um encontre a melhor forma de recarregar as próprias energias, se preparando para o início de novos ciclos. Antes disso, é importante identificar como o cansaço está se manifestando no cotidiano, analisando manifestações físicas e emocionais.
Como identificar o cansaço de final de ano?
Diferentemente do cansaço comum, que desaparece depois de uma boa noite de sono, a exaustão de final de ano geralmente persiste e traz manifestações mais intensas. Nesse contexto, Juliana Góis afirma que é possível observar sinais comuns para todas as idades:
- aumento da irritabilidade ou tristeza;
- apatia;
- falta de motivação para fazer atividades que costumavam ser prazerosas ou que eram do seu interesse;
- redução da atenção;
- dificuldade da manutenção de um foco;
- aumento de comportamentos agressivos ou de evitação;
- diminuição da imunidade;
- alteração nos padrões de sono;
- queixa de cansaço frequente.
Além disso, o aumento de queixas de dor de cabeça ou na barriga, por exemplo, também é comum, principalmente para as crianças que ainda não compreendem ou expressam com facilidade o que sentem. Entre jovens e adultos, a profissional do Rio Branco também aponta uma sensação de impotência, associada à crença de que não conseguirão finalizar todos os trabalhos e tarefas até o fim do ano.
8 dicas para recuperar as energias no final do ano
O descanso e a pausa são indispensáveis para repor as energias e retomar a sensação de bem-estar, que proporciona disposição para continuar correndo atrás das metas e sonhos. Além disso, esse cuidado contribui para a prevenção de transtornos mentais e doenças decorrentes do estresse contínuo ou da fadiga.
Confira oito dicas para recuperar as energias de forma saudável, explicadas por Juliana Góis:
1- Pratique a famosa tríade “atividade física, alimentação e sono”
Ela faz uma grande diferença na nossa vida ao promover equilíbrio.
2- Autocuidado
Atente-se para não se ocupar com as demandas e necessidades dos outros e esquecer as suas. A experiência do seu filho, por exemplo, depende muito de como você também está. Cuide-se para conseguir manter a calma e transbordar alegria: para todos, incluindo você, é importante a oportunidade de experienciar os hobbies e programas próprios. Para as crianças, é fundamental o brincar, para descobrir possibilidades com liberdade e criatividade.
3- Reserve um tempo para a família e amigos
Somos seres sociáveis. Busque as pessoas que fazem você se sentir bem: sabe aquela que te faz rir até das pequenas coisas do dia a dia? Lembre-se sempre da premissa: qualidade é mais importante que quantidade.
4- Cuide do corpo
Tome sol e movimente-se. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a recomendação é que crianças de 2 a 5 anos façam, pelo menos, duas horas de atividade física por dia e de 5 a 17 anos, o indicado é uma hora diária. Entre os adultos, evidências científicas apontam que 45 minutos de atividades físicas de 3 a 5 vezes por semana já tendem a trazer benefícios para a saúde mental.
Vale lembrar que movimentar-se não implica necessariamente em praticar um esporte, essa é mais uma opção. Para os pequenos, brincadeiras como pular corda e jogar pega-pega, ou mesmo atividades livres em um parque ou quintal, já trazem maravilhas para o corpo e a mente. Para os adultos, vale arrastar o sofá da sala e improvisar alguns passos de dança.
5- Permita-se não fazer nada
A inatividade também é importante para o desenvolvimento mental. A neurocientista Mary Helen Immordino-Yang, pesquisadora do Instituto do Cérebro e da Criatividade da Universidade do Sul da Califórnia, explica há uma parte do cérebro que é ativada quando não fazemos nada, a rede neural padrão, que nos ajuda a consolidar a memória e criar uma visão do futuro. Além disso, o ócio favorece o criar e o inovar.
6- Priorize as atividades ao ar livre
A natureza permite infinitas explorações e descobertas, além de favorecer o relaxamento em qualquer faixa etária.
7- Nada de ocupar as 24h do dia
Dê preferência para uma rotina com horários regulares para alimentação e sono, mas seja leve e flexível com os planos para o restante do dia.
8- Lembre-se que não há uma receita padrão
Faça do seu jeito, mas priorize o sentir-se bem.