Dia do Estudante: seu professor já foi aluno!

Os estudantes têm sua aprendizagem baseada na relação com os professores, seus colegas e o próprio ambiente escolar

Parte essencial do cotidiano e aprendizado dos estudantes é a figura do professor. “O docente é uma referência, um espelho, então a forma como ele conduz o trabalho e interage vai constituindo o estudante também”, explica Esther Carvalho, diretora-geral e ex-aluna do Colégio Rio Branco.

Os estudantes devem sempre lembrar que, assim como eles, os professores já foram alunos uma vez. Neste Dia do Estudante, comemorado em 11/08, educadores do Rio Branco relembraram as suas experiências no como ex-alunos riobranquinos e Esther Carvalho reflete sobre a importância da data. 

O Dia do Estudante

No Brasil, o Dia do Estudante é comemorado anualmente em 11 de agosto. A data foi estabelecida em 1927, como forma de homenagear os cem anos de fundação dos dois primeiros cursos de ciências jurídicas do país.

Para Esther Carvalho, esse espaço no calendário traz reflexões importantes: “Comemorar o Dia do Estudante nos remete à necessidade de se valorizar políticas públicas, para que se promova educação de qualidade. Somos um Brasil plural, um país enorme que tem profundas desigualdades, inclusive na educação. É inegável a dimensão civilizatória da escola. Então, para mim, comemorar o Dia do Estudante é valorizar a educação como uma necessidade, um elemento crucial para que uma sociedade seja mais justa, solidária e democrática, e é fundamental que todos estejam na escola.”

A relação entre professores e estudantes

A dinâmica entre estudantes e docentes é baseada, sobretudo, em uma dinâmica de troca. “Todo professor deve ter clareza da sua importância para a aprendizagem, para a relação e convivência do aluno. O estudante, por sua vez, é o grande sentido do trabalho de um professor”, explica a diretora.

Outro ponto que deve sempre estar em mente é que as ações em sala de aula ultrapassam o ambiente escolar. “Eu, como professora, vejo na ação de educar essa ideia de transformar as pessoas para que elas possam se descobrir, serem plenas e, a partir disso, fazerem a diferença no mundo”, diz Esther.

A experiência da Diretora Esther como estudante do Rio Branco

“Eu vim para o Rio Branco aos 12 anos de idade, e saí na 3ª série do Ensino Médio. Foi uma experiência muito diversa”, comenta Esther. “Eu me lembro que eu tinha um professor de biologia, o Professor Valdir Fernandes, que é inesquecível e me inspirou em vários aspectos, principalmente no meu início de carreira como professora, pois eu fiz Biológicas. Ele era apaixonado por animais e brincava muito com a gente, dizendo que todo final de semana tínhamos que fazer coletas, não só de animais, mas de plantas. O importante era estar conectado com o ambiente.”

“Tinha algo que a turma brincava muito com o professor Valdir: ele não gostava que chamassem os animais de ‘bichos’, então era óbvio que a gente fazia isso o tempo todo. Ele era muito intenso, apaixonado pelo trabalho e, por outro lado, extremamente rigoroso em épocas de avaliação. Uma pessoa muito querida, que eu guardo no coração até hoje, entre outros, como o Professor Primo Melaré, que foi diretor-geral do Colégio e um professor maravilhoso de Literatura. Enfim, tenho várias histórias”.

Confira a experiência de outros professores que já foram estudantes do Rio Branco:

“Em 2022, completei 10 anos como professor do Colégio Rio Branco, mas minha trajetória como aluno começa em 2000. Então eu já tenho 22 anos em que o Rio Braco está presente na minha vida. Sempre me perguntam como me sinto por estar trabalhando no lugar em que estudei e convivendo com professores que me deram aula. E eu tenho sentimento de gratidão e muito pertencimento, pois me sinto em casa, meu ambiente de trabalho é muito significativo para mim, pois eu cresci neste lugar. Me sinto privilegiado, pois se sou professor, é porque tive exemplos de grandes mestres, pessoas que me inspiraram a fazer esta escolha profissional, grandes referências. Sou muito privilegiado por poder ter como colegas de trabalho aqueles que me formaram! É um prazer poder relatar isso para meus alunos e, quem sabe um dia, eu venha a ser colega de trabalho de alguns que, hoje, são meus alunos.
Caio Mendes, professor de História e coordenador de Projetos

“Sou ex-aluna do Colégio Rio Branco, tenho muito orgulho disso. Sou professora do colégio Rio Branco, desde 1987. Quando vejo os alunos, me vejo neles, volto no tempo e sinto a magia de ser estudante… melhor fase!”
Professora Maria Luiza de Abreu Cabianca

“‘Memória Afetiva' define o que sinto quando chego ao colégio para trabalhar. Lembro perfeitamente de todos os professores e do quanto os admirava e respeitava, aprendi muito com os queridos mestres que foram referência para a minha escolha profissional. Sinto orgulho de trabalhar neste colégio e de ser riobranquina desde sempre!”

Evelyn Blatyta, professora da 3ª série do Ensino Médio

 “Vim de um colégio pequeno e fiquei maravilhado com o tamanho e espaços do CRB. No intervalo ficávamos brincando de pega-pega ou jogando Ping Pong, Totó. Depois da aula, fazia treino de Basquete com o querido Prof. Paulo Aurélio. Foram anos felizes e divertidos, o que me fez voltar em 1998 para trabalhar como professor e ser colega de antigos professores como o Hélio, Mário, Henrique, entre outros, o que foi uma maravilha.”
João Gabriel Brandão, professor de Educação Física do Fundamental 1, 2 e Ensino Médio

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