Como preparar crianças e jovens para boas escolhas


Foto ilustração: Rio Branco 2019, anterior à pandemia.

Além de garantir uma boa formação escolar, uma das principais preocupações dos pais e das famílias é como ajudar a conduzir as escolhas dos filhos no dia a dia, seja nos ciclos de amizades, na forma de se relacionar e nas decisões que vão moldar sua vida futura e seu perfil na sociedade.

Educar e orientar crianças e jovens nem sempre é uma tarefa fácil, por isso, cada vez mais, as instituições de ensino, em parceria com a famílias, investem em atividades e programas multidisciplinares que estimulem a ética, a autopreservação, o senso crítico e a empatia, além de outras importantes habilidades socioemocionais e cognitivas.

“Fazer boas escolhas é lidar, continuamente, com o conflito entre o que eu quero, o que eu posso ou o que eu devo fazer. Desde a infância este exercício é vivenciado no dia a dia, nos conflitos, nos desejos, nas transgressões e nas reflexões”, explica Esther Carvalho, diretora-geral do Colégio Rio Branco.

O papel dos adultos é fundamental, como modelos e como referências de valores. Nesse sentido, destacam-se dois princípios fundamentais que precisam ser ensinados desde cedo: o primeiro é que toda escolha pressupõe perda. O segundo é que as ações têm consequências. São conceitos profundos que devem ser internalizados para que se possa formar pessoas que façam boas escolhas enquanto indivíduos e cidadãos éticos, competentes, comprometidos com uma sociedade mais justa, solidária e sustentável.

No Colégio Rio Branco, esse trabalho acontece desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, nas unidades Higienópolis e Granja Vianna, por meio de um projeto pedagógico cuidadosamente elaborado para a aquisição de conhecimentos e competências permeados pelo diálogo, pelo respeito à diversidade e pela tolerância, além de outros valores.

Foco no coletivo

Além de um contínuo processo de inovação curricular, a instituição traz em sua história programas de grande impacto no desenvolvimento da liderança, da responsabilidade e da autoestima positiva. Um grande exemplo é a Monitoria Rio Branco, que há mais de duas décadas prepara grupos de estudantes para atuarem com alunos menores e em atividades de lazer, em viagens de estudo de meio, eventos e atividades internas. Sob o lema Amizade, Lealdade e Honra, jovens a partir do 9° ano do Ensino Fundamental tornam-se referência positiva para os alunos mais jovens.


Foto ilustração: Rio Branco 2019, anterior à pandemia.

Além de um contínuo processo de inovação curricular, a instituição traz em sua história programas de grande impacto no desenvolvimento da liderança, da responsabilidade e da autoestima positiva. Um grande exemplo é a Monitoria Rio Branco, que há mais de duas décadas prepara grupos de estudantes para atuarem com alunos menores e em atividades de lazer, em viagens de estudo de meio, eventos e atividades internas. Sob o lema Amizade, Lealdade e Honra, jovens a partir do 9° ano do Ensino Fundamental tornam-se referência positiva para os alunos mais jovens.

Trazer os dilemas da adolescência para dentro da sala de aula contribui significativamente para que os jovens possam ser mais críticos e fazer boas escolhas. Nesse sentido, numa perspectiva autoral, a instituição trouxe para os alunos do 8° ano do Ensino Fundamental o componente curricular chamado Jovem em Perspectiva. Alunos têm a oportunidade de refletir sobre temas complexos, como cultura da vaidade e do consumo, autoimagem, bullying, redes sociais, drogas, sexualidade, projetos de vida, a partir de dados científicos, diferentes pontos de vista e análises mais aprofundadas. O componente, que integra o módulo interdisciplinar linguagens e Humanidades - junto às disciplinas de Artes, Redação e Espanhol, cria um espaço de diálogo aberto, tolerante e respeitoso, articulado com o Projeto Político Pedagógico da escola.

A abordagem valoriza a empatia e a reflexão, tendo em vista que os alunos têm a oportunidade de se colocar no lugar do outro e discutir as implicações, responsabilidades e consequências das atitudes individuais e coletivas.

Outra atividade, chamada de Construindo Opiniões, promove o debate sob diferentes pontos de vista sobre temas complexos, ampliando a visão dos jovens e levando-os a serem mais reflexivos e críticos. Nesse mesmo sentido, as simulações de ambientes diplomáticos ajudam o estudante a exercitar a reflexão, colocando-se no lugar do outro. Cabe destacar a participação e organização de simulações da Organização das Nações Unidas (ONU), em que alunos têm que discutir problemas globais como cidadãos e delegados de outros países.

Uma experiência pedagógica de grande impacto é a troca de conhecimentos entre os alunos e a melhora nos resultados de aprendizagem por meio da Tutoria de Estudos Rio Branco, que integra o projeto Mentoria de Estudos. Alunos do 5° ano do ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio, com mais facilidade em determinados componentes curriculares, são convidados a apoiar os colegas, sempre com a supervisão da orientação educacional e da coordenação pedagógica.


Foto ilustração: Rio Branco 2019, anterior à pandemia.

A ideia de complementaridade entre as crianças e jovens se estabelece neste tipo de vivência, pois cada um contribui com o que tem mais facilidade e aprende com o outro aquilo que lhe é desafiador. Na área de tecnologia, o colégio participa do programa Aluno Google Tutor, em que jovens colaboram com colegas e professores para o uso da plataforma.

Atividades extracurriculares, atualmente chamadas de cursos livres, procuram despertar talentos e vocações para que cada aluno se conheça melhor e encontre seu potencial, sempre em torno da valorização da convivência, de hábitos saudáveis, do autocuidado. Além de esportes, artes, teatro, línguas, tecnologia, os adolescentes também têm a oportunidade de participar espontaneamente de coletivos formados por professores e alunos como o Humana Mente, o Aliteração e o REAJA (Reflexão, Equilíbrio e Ação Junto ao Ambiente).

 

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