06/05/2016
Cultura e aprendizado: visita do índio Kleykeniho da tribo Fulni-ô
Promover uma experiência intercultural e abordar questões sobre a terra e o preconceito. Esse foi o objetivo da visita do índio Kleykeniho (Filho da Onça), da tribo Fulni-ô, localizada no município de Águas Belas, em Pernambuco.
Nos dias 05 e 06 de maio, os alunos do 2° ano do Ensino Fundamental I e do 9° ano ao 3° ano do Ensino Médio puderam conhecer um pouco da cultura indígena, tirar dúvidas e curiosidades, durante uma roda de conversa com o índio. Em alguns momentos também ouviram Kleykeniho falando sua língua materna e mostrando objetos, danças e cantos típicos.
Durante a conversa com os alunos do 2° ano do Ensino Fundamental I, Kleykeniho mostrou e explicou, por meio de imagens e de depoimentos, alguns pontos importantes como: a infância das crianças indígenas da tribo Fulni-ô, do que as crianças brincam, como é a rotina, o que elas aprendem na escola e como é a convivência com os adultos.
Já os alunos do 9° ano do Ensino Fundamental II ao 3° ano do Ensino Médio, durante o bate-papo, aprenderam sobre a sobrevivência indígena no Brasil do século XXI: questão da terra e do preconceito. Além de descobrirem mais sobre a língua original da tribo, os preconceitos vividos, religião, crenças, costumes e hábitos e a luta pelo poder.
Alunos da Unidade Higienópolis com o índio
“Estou aqui para trazer um pouco da minha história e da minha cultura para quem realmente pode e vai fazer a diferença, que são vocês, crianças e jovens. Estou plantando uma semente que vai se tornar uma bela árvore”, explicou Kleykeniho.
As responsáveis por organizaram esse encontro foram as coordenadoras Carmen Maria Esther e Sandra Carlini, e os professores Laís Olivato e Caio Mendes.
Os índios da tribo Fulni-ô vivem no município de Águas Belas, em Pernambuco. Sua população é de aproximadamente 3600 índios. A origem do nome Fulni-ô é muito antiga, significa “povo da beira do rio” e está relacionada com o rio Fulni-ô, que corre ao longo da aldeia de Águas Belas. Os índios têm convívio diário com os não-índios, são todos bilíngues, vestem-se como os brancos, mas não perderam sua identidade. São os únicos indígenas do Nordeste brasileiro que mantêm viva a sua língua nativa, a Iathê. Para sustento da tribo, vários grupos da aldeia saem pelo Brasil afora, de modo a divulgar sua cultura.
Os alunos da Unidade Granja Vianna aprenderam sobre cultura indígena
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