Precisamos falar sobre a cultura do estupro
Projeto reuniu professores e alunos para debater sobre o tema
No início do semestre, o projeto Lab em Debate promoveu dois encontros para conversar a respeito do feminismo. Com a recente repercussão do estupro coletivo no Rio de Janeiro, ficou clara a necessidade de um momento especial para falar sobre a cultura do estupro, com os alunos. Em primeiro lugar, explicar o que seria essa cultura e, em segundo, prevenir que seja ainda mais disseminada.
O debate, que aconteceu nesta semana, contou com aproximadamente 15 estudantes – entre meninas e meninos – do 9º ao 3º ano do Ensino Médio, da unidade Granja Vianna, do Colégio Rio Branco. Foram apresentadas algumas referências em vídeos para iniciar as discussões, com a participação do professor de História, Caio Mendes, e da professora de Matemática, Gabriella Relva, que colaboraram para a mediação e discussão.
Durante o encontro, foram abordados diversos aspectos como: publicidade, mídia, redes sociais e a diferença na educação dada a meninos e meninas, ainda hoje na sociedade. Houve, também, a colaboração do coordenador de Biologia, Paulo Allil, que pôde dar uma perspectiva biológica sobre os gêneros e a importância do ensino sobre temas como sexualidade e reprodução.
Os alunos, em especial, as meninas, expuseram seus pontos de vista e os meninos se sentiram confortáveis para expor dúvidas e opiniões sobre o assunto.
Todos puderam refletir a respeito da “Cultura do Estupro”, machismo, misoginia e sobre as práticas – pessoais e da sociedade, como um todo – que contribuem para a disseminação dessa cultura e de certos tipos de conduta.
A única maneira de lutar efetivamente para o fim da Cultura do Estupro é por meio da educação e nos espaços sociais, onde passam ser exercidos os papéis de educadores e cidadãos a caminho de uma sociedade mais igualitária.
Colaboração e depoimento: Camilla Villar Canhete, professora de Inglês na unidade Granja Vianna, do Colégio Rio Branco.